Oi gente. Desculpem ter ficado tanto tempo sem postar! Hoje, resolvi fazer uma postagem diferente. Pensei em colocar alguma coisa sobre comida, faço postagens sobre culinária mas hoje quis fazer diferente.
A HISTÓRIA DO ESPAGUETE
A Itália não é mãe natural do macarrão, mas o adotou de tal forma que mudou sua
história - e influenciou a alimentação em todo o mundo.Não é de hoje que finas tiras de um simples preparado à base de água e farinha
enfeitam, geralmente cobertas com molho de tomate, as mesas de pessoas famintas
(ou somente gulosas). Ferramentas usadas para a manufatura de massa datadas de
antes do século 7 a.C. foram encontradas em tumbas etruscas. Poetas romanos,
como Horácio (65-27 a.C.), escreveram na Antiguidade sobre um alimento chamado
laganum, o provável ancestral da lasanha. Ele, aliás, não foi nem de longe o
único personagem histórico a se render aos encantos da pasta. Há registros de
que o escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832) era fã de
espaguete. O multitalentoso Leonardo da Vinci (1452-1519), que dizia preferir
ser mais lembrado como cozinheiro do que como pintor ou engenheiro, gostava
tanto de macarrão que chegou a dedicar horas de seu tempo à industrialização do
alimento. O Código Atlântico, um compêndio de seus projetos, registra o desenho
de uma gigantesca máquina de preparar lasanha. A geringonça não deu certo: a
mistura, que deveria ser submetida à alta pressão, quebrava antes mesmo de ser
cortada. Frustrado, não sossegou enquanto não conseguiu calcular a exata tensão
que o talharim e o espaguete suportavam antes de se romper.
Como se vê, a pasta tem história. E muita. Vários cientistas, baseados em
achados arqueológicos, atribuem sua invenção aos chineses, há 4 mil anos. Outros
dizem que ela surgiu na Palestina da Antiguidade. Há ainda os que afirmam que os
gregos foram os primeiros a consumi-la. Se a origem causa discórdia, uma coisa é
certa: foi na península Itálica que a massa se transformou naquilo que hoje
conhecemos. Lá, ganhou centenas de formatos, recheios, molhos e fama. Durante dez anos, ela entrevistou centenas de conterrâneos para conhecer
antigos métodos de produção do alimento e suas diferenças regionais. E
escarafunchou arquivos país afora para encontrar registros sobre a fabricação, o
comércio e o consumo de massa. O resultado são os 130 tipos que ela lista em seu
livro, um verdadeiro tratado sobre a comida. Oretta tem sido comparada à Julia
Child, a americana que ajudou a desmistificar a cozinha francesa ao escrever um
best-seller sobre o tema (e que teve sua vida retratada no filme Julie &
Julia, de 2009, com Meryl Streep como uma das protagonistas). Mas a italiana
esclarece: "Este não é um livro de receitas". E tem razão. Sua obra tem muito de
história social. Os verbetes da enciclopédia trazem o nome da massa, os
ingredientes, como ela é preparada, outros apelidos pelos quais é conhecida (o
espaguete, por exemplo, era chamado vermicelli, algo como "vermezinhos", até a
virada do século 20. Hoje há os dois tipos, com espessuras variadas), a forma
como é tradicionalmente servida, em que regiões da Itália ela é encontrada e
curiosidades sobre sua história.
A pesquisadora traça ainda paralelos
entre a trajetória de seu país e a de sua comida preferida. Alguns tipos de
massa criados no século 19 foram batizados com os nomes de proezas militares da
Itália na África. É o caso do grupo de um macarrãozinho simpático que tem
diversos tamanhos e geralmente é servido cozido em um caldo, cujos nomes são
tripolini, bengazini e abissini. As referências são, respectivamente, às cidades
de Trípoli e Bengazi, na Líbia, e à região da Abissínia (Etiópia), onde os
italianos empreenderam algumas campanhas militares. Outra massa desse grupo é a
assabesi, uma alusão à compra do porto de Assab, em 1869, no mar Vermelho, por
uma companhia de navegação genovesa.
Gostaram? Eu sei que tem algumas palavras complicadas ,mas é bem legal